Em 26 de janeiro foi inaugurada, no Auditório do Conselho Universitário da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Rede Metropolitana de Campinas, constituída por uma infraestrutura de fibras ópticas que conecta 14 instituições de ensino superior e pesquisa da região.
Seu principal objetivo é promover, através de uma rede de alta velocidade, a colaboração entre as instituições consorciadas, fomentando assim, a geração e a difusão do conhecimento, bem como a formação qualificada de recursos humanos.
A Redecomep é uma realização da iniciativa Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), com o apoio da Agência Brasileira de Inovação Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).
Estiveram presentes na inauguração, o coordenador-geral da Unicamp, Prof. Dr. Álvaro Penteado Crósta e pró-reitores; autoridades do Exército Brasileiro e do Poder Executivo Municipal e diretores da RNP e de instituições, órgãos e institutos que compõem a rede tais como a Pontifícia Universidade Católica Campinas (PUCC), o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), a Embrapa Informática Agropecuária (CNPTIA), a Embrapa Monitoramento por satélite (CNPM), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), o Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA), a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPECx), a empresa Informática de Municípios Associados S/A (IMA), além da própria RNP e da Unicamp.
A Unicamp teve um papel fundamental para a viabilização do projeto, por meio da articulação com a RNP e demais organizações da região. Atualmente é a instituição responsável por toda a administração da rede metropolitana. Segundo o Professor Dr. José Raimundo de Oliveira, Presidente do Conselho de Tecnologia da Informação e Comunicação (ConTIC) da Universidade, a rede complementará a conectividade da Unicamp. Ele também comentou que a Universidade já participa de outras redes, mas que a Redecomep Campinas trará mais velocidade ao tráfego de dados entre a Unicamp e as outras Instituições consorciadas.
Para a implantação da Rede Metropolitana de Campinas (Redecomep Campinas) foram investidos R$ 1.600.000,00 em 80 km de rede óptica, interligando instituições de pesquisa e educação no município de Campinas. O projeto, em parceria firmada com a Prefeitura e a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), contribuirá para a ampliação das áreas de excelência, produção e difusão de conhecimento das instituições participantes.
A nova rede faz parte da fase 2 de expansão do programa Redecomep, que visa à criação de redes de alta velocidade para colaboração entre instituições de pesquisa em cidades do interior do país, uma oportunidade de contribuir com a democratização do acesso à informação e ao conhecimento. Também permite o desenvolvimento de pesquisas científicas, a integração entre universidades e unidades de pesquisa, e a troca de informações.
A rede metropolitana constitui um patrimônio de alto valor, fruto da aplicação de recursos públicos para apoio ao desenvolvimento do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação. Insere o país no cenário mundial de experimentação de redes ópticas de alto desempenho, oferecendo condições de igualdade aos pesquisadores brasileiros em projetos colaborativos internacionais.
A grande vantagem da Redecomep é a possiblidade de utilização de serviços avançados de comunicação e colaboração com custos reduzidos. As redes já implantadas possuem mais de 400 instituições consorciadas e mais de 60 organizações parceiras. A cobertura total do conjunto das redes já ultrapassou a marca de 2 mil km. Atualmente, estão implantadas 41 redes ópticas – grande parte em operação integral, incluindo 24 redes nas capitais e 17 redes em outras regiões metropolitanas em seis estados. Todas com conexões de pelo menos 1 Gb/s entre seus participantes.